Futebol Profissional
É verdade que o ano de 2020 foi um ano diferente devido a pandemia do COVID-19. O inimigo invisível que parou o mundo, parou também (logicamente) o meio esportivo que agora volta aos poucos a um ritmo quase normal. Em Araxá, cidade que já vem enfrentando a ausência do futebol profissional desde 2019, teve em 2020 também, por conta dos riscos de contágio do Novo Coronavírus, a ausência do futebol amador.
A pandemia obrigou a todos a viver sem o futebol por um período e depois a se acostumar com uma nova forma de assistir as partidas profissionais com estádios vazios e sem aquela empolgação contagiante das arquibancadas.
Mas o futebol profissional não se resume apenas as grandes e médias equipes que disputam a Série A ou Série B (ou ainda a C ou D). Existem ainda várias outras equipes profissionais de campeonatos regionais em variadas divisões, às quais, na Segundona Mineira (equivalente a terceira divisão) se encontra o nosso querido Araxá Esporte Clube.
Mas você sabia que penas 7% das cidades brasileiras hoje contam com futebol profissional? São 650 times em atividades em 422 municípios dos 5570 existentes no Brasil. E infelizmente a cidade de Araxá está na faixa dos 93% das cidades que não contam com uma equipe profissional em atividade. Este estudo do percentual foi feito pela Pluri Consultoria.
Mas porque não temos uma equipe em atividade hoje em nossa cidade? O que teria acontecido realmente? Quem seriam os culpados? A verdade é que é difícil apontar verdadeiramente um “vilão” sem viver o dia a dia de forma real no clube. O Ganso vem encarando algumas situações complicadas há alguns anos e isto se remete não somente a atual diretoria, mas também a anterior.
Parceiros privados? Parceria pública? Diretoria? Torcedores? Afinal: qual destes pilares se quebrou e fez com que a instituição caísse na atual inatividade?
A parceria privada tem o direito a escolher onde, como e quando investir seus recursos. Nada obrigaria uma empresa a anunciar ou patrocinar onde não entende ser interessante.
O poder público pode entender ou não os apelos dos torcedores por uma entidade que carrega o nome da cidade. E aqui até acredito que se deva sim apoiar quem representa, mas tudo deve ser feito de forma harmoniosa junto a outra parte para se evitar desgaste.
A diretoria é quem deve correr atrás em mostrar que se trata de algo realmente interessante e viável o apoio ao clube. Mas é preciso também criar alternativas. Aqui, ao lado, em Patos de Minas, o Mamoré (por exemplo) conta com diversas pequenas empresas que ajudam a equipe a se equilibrar financeiramente. Trabalho: resultados.
Os torcedores com certeza não são os vilões. São eles, talvez, o único pilar realmente forte e que não abandona o clube. Pelo contrário: são os que mais sofrem.
Enquanto uma luz no fundo do túnel não apareça… ou melhor: enquanto ninguém consegue desbravar este túnel para achar uma saída, o Araxá Esporte vai ficando sem entrar em campo. Até lá os torcedores vão se animando com possíveis apoios como o da Multimarcas da Grande BH que podem, talvez, dar um sopro a uma equipe que têm (assim como a maioria das pequenas equipes profissionais do Brasil), uma situação financeira realmente doente.
Ao mesmo passo os rumores da possível volta da União de Futebol Araxá (UFA), a outra equipe profissional que já movimentou o esporte beltrão na terra de Beja. Equipe está há pouco mais de 15 anos sem entrar em campo de forma oficial e chegou a cogitar a possibilidade de retornar este ano aos gramados na Segundona, mas não se concretizou.
Outra possibilidade no futuro: o Dínamo Araxá. A verdade é que se trata de um sonho antigo de ver a equipe disputando competições profissionais. O Dínamo já ensaia desbravar novos caminhos nos últimos anos disputando a Copa Amapar e a Copa Regional de Patos. É aguardar para ver.
Jogadores conquistados pela cidade
A cidade de Araxá consegue, ainda, conquistar o coração de jogadores que defendem o Ganso. São atletas que chegam, vestem a camisa alvinegra e acabam se apaixonando com nossa cidade, criando raízes aqui.
Começou com o saudoso Cláudio Macedo, seguiu com o também saudoso Calvex Martins, Marcelo Araxá, Cafú, Filhão e vários outros, como recentemente Thiago Pereira e Zé Maria são outros nomes que acabaram ficando por aqui.
Isto sem contar o fato que a cidade é um celeiro de grandes jogadores que surgem a cada dia em nosso futebol: Dudu Araxá, Dedé, Rogério Sá, Davi são alguns exemplos. No amador alguns outros nomes que inclusive passaram também pelo profissional, como Arthur Rocha, Dalmer, Victor, Derson e vários outros.
Futebol Amador
Com a falta do futebol profissional (e isto não se limita somente a recentemente, mas em outros momentos do nosso passado), os torcedores araxaenses se apegam ao futebol amador.
Nossa cidade sempre teve um futebol amador forte, mas que recentemente teve um enfraquecimento real. A competição já teve duas divisões. Mais de 30 times em atividades ao mesmo tempo e em 2019 acabou tendo apenas 14 times disputando uma única divisão.
A Liga Araxaaense de Desportos (LAD), com sua nova diretoria enfrenta a missão de resgatar equipes e voltar ao ritmo de crescimento de equipes em Araxá, como já aconteceu antes. E iniciou bem com a volta do GEF, mas teve (infelizmente) a situação da Pandemia para interromper, temporariamente, os trabalhos da entidade.
Mas o que causou esta diminuição no número de equipes, o desânimo por conta de alguns diretores que optaram por não mais seguir a frente de suas equipes? São vários caminhos apontados para a redução de números do futebol amador. Mas este será um assunto para uma próxima edição. Até lá.
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