Hoje, 06 de julho, e pouco mais da metade do ano de 2020 foi vencido. O ano marcado pela pandemia do Covid-19 e que alterou drasticamente a rotina de toda a população mundial. O cotidiano esportivo não existe mais, assim como tudo o que envolve aglomerações de pessoas. Sem bares, sem shows, sem cinema, sem atividades físicas… O momento é de luta para sobreviver e barrar a disseminação de um inimigo invisível e de altíssima taxa de contágio.

 No mundo do futebol uma nova realidade dentro do profissional que vai retornando aos poucos, mas sem o calor humano do público. Sem os gritos contagiantes dos torcedores. Uma realidade fria para quem ama, torce ou pratica o esporte mais popular do mundo.

 No Brasil o Campeonato Carioca deu o primeiro passo para o retorno. Em Minas a data já está marcada: 26 de julho. O Brasileirão também está definido a estreia: 9 de agosto. A CBF já explicou que os clubes que não puderem jogar em suas cidades, por conta do Covid, deverão entrar em campo mandando seus jogos em outras cidades onde a pratica será permitida.

 Mas e o futebol amador? Como será esta nova realidade de uma pratica que movimenta todas as cidades brasileiras?

 O futebol profissional pode não existir em todas as cidades brasileiras, mas o amador sim. E a pandemia veio como um grande efeito dominó derrubando tudo e o futebol amador também ficou na mira. Impossibilitado de acontecer no momento e sem previsão futura, a situação pode ser ainda mais complicada se olharmos de forma periférica para esta categoria e não somente para dentro do campo.

 Pela facilidade do vírus em se disseminar, a pratica não é permitida e não deverá retornar enquanto um novo quadro da situação surgir. Seja pelo desenvolvimento de uma vacina ou de algum tratamento realmente eficiente que venha a derrubar a curva de contagio. Enquanto algo deste tipo não acontecer, dificilmente deveremos ter uma liberação para realizações de competições de futebol amador.

 Ninguém irá correr o risco de ser responsável por terceiros nesta situação. Mas a situação do futebol amador piora também fora de campo com a realidade financeira também se alterando drasticamente.

Equipes irão perder poder financeiro. Perder patrocinadores. Em alguns casos os próprios patrocinadores não existirão mais tendo em vista que algumas empresas já estão encerrando suas atividades.

Com novas dificuldades, novas equipes podem seguir o rumo de outras no passado e também encerrarem suas atividades e indo para o limbo das equipes inativas. Uma pena realmente. Em Araxá a Liga Araxense de Desportos (LAD) já enfrenta dificuldades financeiras e não saberá se poderá contar com parceiros de sempre neste ano atípico.

Algumas equipes araxaenses trazem jogadores de outras cidades, e com a nova realidade financeira, esta situação também poderá ser alterada. Casos como do Vila Nova, atual campeão amador, que conta com boa parte de seu elenco com jogadores de fora.

Sem condições de testarem jogadores e comissões, baixa possibilidade ainda de se realizar partidas de portões fechados, sem um tratamento eficiente ao Covid-19 no momento, as ligas desportivas de Minas seguem sem enxergar um horizonte e a possibilidade de futebol amador em 2020 vai se tornando ameaçado até mesmo a temporada 2021.

Os sonhos ainda existem, mas, por enquanto, são apenas sonhos.

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