O Alvinegro mais querido vem enfrentando uma grande crise financeira fora de campo. Os efeitos podem começar a interferir também dentro de campo. O clube luta para se manter na Segundona enfrentando desafios cada vez mais complicados pela frente. A guerra não é somente dentro de campo pelo acesso, mas principalmente fora dele para dar o suporte aos profissionais de fazerem o seu melhor. E a chegada de cobranças do conselho fiscal vem se somar a todas as dificuldades enfrentadas e o alvinegro parece se afundar em um momento ainda mais complicado em sua história recente.
No último jogo fora de casa, contra o Paracatu, a equipe começou a sentir sinais extremos de dificuldades. O ônibus para a delegação viajar para a cidade de Paracatu acabou saindo de última hora. A equipe teve ainda dificuldades com a alimentação nesta viagem, tendo conseguido recursos para a refeição já com a equipe fora de Araxá.
Somado a isto, após a derrota por 1 x 0 para a equipe do Paracatu, a diretoria começou a sentir a pressão dos profissionais pelo seu primeiro vencimento, já atrasado.
O clube passou a trabalhar com a expectativa de que a renda da bilheteira do último confronto em casa na quarta-feira (27), contra o mesmo Paracatu pudesse dar um alento, somado a venda de camisas do alvinegro, o que acabou não ocorrendo e assim quebrando a promessa de acerto junto aos jogadores no dia de ontem, quinta-feira (28).
Pequenos valores foram repassados ao grupo de atletas alvinegros que seguem sem receber, de forma integral, o seu primeiro salário.
Silvio Alves, o Silvinho, quando ainda na vice-presidência do clube, participou do programa Mesa Redonda, do Futebol Araxá, e disse ao repórter e apresentador Alexandre César de que, na oportunidade pelo seu entendimento, de que o Ganso deveria pedir licença da disputa da Segundona por pelo menos 2 anos, já que não tinha recursos e nem patrocinadores para bancar a disputa do campeonato.
Com a equipe em campo e sem recursos, a equipe tentou várias formas de se arrecadar dinheiro, colocando inclusive metas de vendas de camisas e um aumento nos ingressos para este último jogo contra o Paracatu, o que acabou na verdade diminuindo a acessibilidade do torcedor, e na soma final a situação segue com alerta vermelho total para a continuidade alvinegra no campeonato.
Os jogadores alvinegros, após não receberem os seus salários completos na tarde desta quinta-feira (28), se reuniram e decidiram paralisar suas atividades por um dia, nesta sexta-feira (29), com o intuito de pressionar a diretoria a conseguir cumprir com os devidos pagamentos. É importante salientar de que os jogadores em nenhum momento deixaram de lutar em campo, apesar da situação fora dele.
Para complicar ainda mais a situação da diretoria, a presidente do Conselho Fiscal, Lúcia Helena, deu ao presidente Jeferson Leite, o prazo de 48 horas para apresentar uma prestação de contas contendo toda a receita que entrou no clube por meio de patrocínios e doações (realizada ao clube e/ou seus diretores) e também a relação em que todo os recursos foram aplicados.
O alvinegro sente a ausência de apoio por parte da administração municipal, mas é importante informar de que, não somente Araxá, mas praticamente todos os municípios brasileiros, tiveram queda de arrecadação, e com isto muitas situações ficaram inviabilizadas de poder contar com recursos públicos. E o Araxá Esporte passa a ser uma destas situações, já que o decreto de contingenciamento assinado pelo prefeito impede o repasse, no momento, para qualquer instituição.
Enquanto os mares alvinegros se agitam em crise financeira, o torcedor fica apreensivo aguardando o desenrolar da situação, torcendo para que o Ganso consiga ir a Patos de Minas na próxima segunda-feira, 02, encarar e buscar um bom resultado contra o Mamoré, e torcendo para que as prioridades dentro do clube sejam estabelecidas de forma a realmente tentar buscar o melhor para a equipe.
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